Boliche Brasil

Esclarecimentos sobre os fatos ocorridos durante as Eliminatórias 2016

Esclarecimentos sobre os fatos ocorridos durante as Eliminatórias 2016

30/05/2016

Comunicados

COMUNICADO 002/2016 [ver original]

Prezados Dirigentes e Atletas,

Recentemente acompanhamos uma discussão acalorada no nosso grupo a respeito do Pattern usado num torneio.

Naquela oportunidade foi discutido e explicado um ponto fundamental: Na escolha das sedes dos eventos a organização fica a cargo da Federação local sob supervisão da CBBOL.

Dito isso, relato fatos ocorridos na realização das eliminatórias 2016 sob organização da Federação Paulista para bem exemplificar as dificuldades vividas pela Confederação bem como Federações locais.

No início do ano, já definido o calendário, a presidente da Federação Paulista entrou em contato com a CBBOL para pleitear a mudança de sede dos jogos eliminatórios, previamente definidos em Assembléia para Brasília, alegando poder oferecer um boliche com mais pistas – 20 contra 16 de Brasília, e com um preço mais barato de pistas – 300,00 contra 350,00 de Brasília.

Entendendo ser o melhor para a comunidade, a CBBOL aceitou a sugestão, e fez a mudança de sede, inclusive sob algumas reclamações de atletas que já haviam comprado passagem para Brasília, ressaltando que todas as demais condições permaneciam inalteradas, principalmente quanto à organização do mesmo.

Qual nossa surpresa quando, no dia 24 de maio de 2016, às 16:35, dois dias antes do início dos jogos, o Diretor Financeiro da FPBOL, enviou um e-mail para CBBOL informando que “as pistas 17/18 e 19/20 foram locadas para a realização de festa, no dia 26/5, quinta-feira.” .

Eu respondi ao e-mail informando que este não fora o combinado quando da apresentação da proposta pela Federação, que a proposta de utilização de 20 pistas foi aceita justamente pelo fato de ser possível inscrever um maior número de atletas e por fim que se que caso houvesse realmente a festa não haveria eliminatória.

No dia seguinte, a presidente respondeu via e-mail para que tivéssemos compreensão quanto ao fato. 

O que posso dizer é que não compreendo o fato, é inadmissível a realização de uma festa infantil durante um evento tão importante que é o de definição da equipe da seleção brasileira.

Posteriormente foi esclarecido que somente as pistas 19/20 seriam utilizadas pela “festa”. O controle das inscrições é feito exclusivamente pela diretoria da CBBOL e, no caso em pauta, fica a seguinte pergunta: Se os 40 atletas convocados tivessem confirmado participação, o que a Federação Paulista faria? Escolheria os atletas que seriam impedidos de jogar? Faria o reembolso dos gastos dos atletas que pagaram passagens e hospedagens?

Também não foi esclarecido o motivo que levou a Federação Paulista a entrar em contato com o boliche e liberar, sem autorização ou mesmo ciência da CBBOL, essas pistas para público.

Como o transtorno de cancelar a eliminatória na véspera seria imenso devido ao fato de vários jogadores já terem se deslocado de suas cidades, e em respeito unicamente a eles, decidi prosseguir, porém faço este comunicado justamente para repudiar a atitude da Federação Paulista, este não foi o proposto pela Federação à CBBOL.

Mas o tamanho descaso, ausência de compromisso não cessou nesse fato. No mesmo dia 24 de maio, a CBBOL recebeu o seguinte o seguinte e-mail: 
“...Quanto ao posicionamento, planilhas de anotação, canetas, etc... você irá levar isso impresso? Quero saber o que a FPBOL precisa fazer?” 

Isso significa que, DOIS DIAS antes do início do evento, a federação paulista não sabia sequer seu papel de organizadora. Para uma federação desse porte, esse tipo de indagação é no mínimo ridículo.

Respondido o e-mail e enviado o mapa de pista pela CBBOL, imaginamos que não teríamos mais problemas com a organização.

No primeiro dia de jogo, fui informado que nenhum membro da diretoria paulista acompanhou a manutenção das pistas. Aqui cabe um parêntese relembrando alguns comentários feitos no Grupo da CBBOL no Facebook:

“O que falta é uma diretoria técnica que analise e estude as deficiências dos boliche e máquinas aqui do Brasil. Dentre os 12 patterns, com certeza temos alguns que proporcionariam um nível técnico muito melhor do que vimos por lá. Não dá pra ficar a mercê de um sorteio e de repente de um pattern que estava impraticável. Não dá também pra ocorrer um brasileiro sem a presença da diretoria técnica.”

“A presença de um representante da CBBOL acho fundamental, se não pode ir, nomeia alguém e pronto.”

“...tem que ter um Responsável Técnico. Já que a CBBOL terceiriza o campeonato todo para a Federação Local, que terceirize também a parte técnica. Ou seja, a Federação Confederação Brasileira de Boliche anfitriã decide qual será o condicionamento e supervisionará o mesmo. O que não dá, é a CBBOL decidir e não ter ninguém no evento para ser responsabilizar ou até mesmo para verificar se o que foi decidido está sendo utilizado.”

Pois bem. Eu fui ao torneio, mais uma vez com recursos próprios, apenas e tão somente para supervisionar o evento. Após a renúncia do Diretor Técnico da CBBOL, que coincidiu com esse “debate”, fui obrigado a definir os patterns do evento, pois, tirando a boa vontade do Marcelo Suartz, que testou 4 patterns no domingo anterior ao evento, nada foi realizado de efetivo por essas pessoas no sentido de melhorar o condicionamento dos eventos CBBOL, aliás, somente a federação de Brasília possuía os Patterns WTBA 2016 para a máquina A22 e aqui agradeço a ajuda feita pela federação em disponibilizar os Patterns num pen-drive e por e-mail.

No primeiro dia ao começar o jogo eu fui obrigado a anotar as partidas num guardanapo pois não havia súmula tampouco o mapa de pistas afixado no local. No dia anterior eu expliquei a passagem de óleo, porém a Federação era responsável por enviar alguém para acompanhar o que não aconteceu.

Dividir a responsabilidade com as federações ajudou alguma coisa? Pelo visto, não. Acho muito chato ter que discutir fatos com este em publico, porém somos atacados incessantemente por qualquer coisa inclusive aquelas que não nos dizem respeito.

Enquanto as Federações de Boliche no Brasil não entenderem seu real papel será sempre uma luta inglória de melhorarmos o esporte e ampliarmos o numero de nossos jogadores.

São poucas as Federações que estão se empenhando na melhoria do esporte, em que pese a crise atual, vejo muitas iniciativas boas aqui e acolá, mas honestamente as Federações não podem se escorar na CBBOL, alias nem é este o papel de uma Confederação. 

Portanto e para não me alongar mais com os acontecimentos, fica definido que, a partir de agora, todas as questões negociadas entre a CBBOL e as Federações locais no que diz respeito a sediar Eventos Brasileiros deverão ser divulgadas a todos de imediato e que, o não cumprimento de qualquer um dos itens acarretará no imediato cancelamento do torneio, sendo a federação local responsável por ressarcir eventuais despesas já realizadas por jogadores, tais como passagens, hospedagens e demais custos comprovados.

Guy Igliori
Presidente da CBBOL

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